No silêncio do meu quarto, diluo-me.
A vida lá fora aos poucos passa, respira.
Afina seus instrumentos o caos.
O ônibus ruge, o vizinho aos gritos explica, o cão...acho que dorme.
Ouço de mim a respiração e o murmuro do ventilador. Em duo.
E as cigarras hein? Ocas cascas, fantasmas.
Passaram, pararam... não sei dizer.
Em mim permanecem.
Acho que é tínitus ou zumbido o nome.
Não importa.
O caso é que no silêncio do meu quarto,
diluo-me.
Parcialmente, infelizmente.